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terça-feira, 14 de junho de 2011

Egito, entre deusas, gatos e múmias

Conhecidos como "Mau" - o som de seu miado -  os gatos eram reverenciados na sociedade e religião do antigo Egito. Selvagens, eram úteis como caçadores de roedores, cobras e escorpiões, protegendo casas e evitando que suas plantações fossem dizimadas. Foi a partir dessa época(2000 a.C.) que o gato passou a coexistir com os humanos e a ser considerado "domesticado".

Os felinos, admirados por sua graça, postura e agilidade, passaram a ser venerados pelo povo egipcio do alto e baixo Nilo sob a forma de Deuses. A primeira deles, Mafdet (a corredora), era descrita com forma de mulher com cabeça de leão (ou gato do deserto)e era a personificação da justiça - em seu aspecto punitivo, execução e poder real. Esta provavel primeira deidade felina do Egito aparece no início da I dinastia.








Por volta da II dinastia (2890 - 2686 a.C.) surge Bast (também conhecida como Bastet, Ubasti ou Pasht), representada nos muros dos templos como mulher com cabeça de gato. Seu culto abrange principalmente a cidade de Per-Bast (depois renomeada para Bubasti, e hoje chamada de Tell Basta, localizada ao norte do Egito), lugar onde eram celebrados seus principais festivais. Bast substitui o culto à Mafdet ao longo do tempo, e só vem a ser associada ao gato doméstico em torno de 1000 a.C. (dois mil anos após o início de seu culto). Antes disso, representações de gatos eram consideradas impróprias - exceto em raros casos como o de Mafdet (textos das pirâmides) e Ra. Bast iniciou como deidade solar, mas, devido à identificação com Artemis pelos Gregos, passou a ser representada como lunar. Na mitologia Grega, Bast também é conhecida como Aelurus. Bast teve sua imagem abrandada ao longo do tempo tornando-se a divindade representante das mulheres, maternidade, fertilidade e crianças.



O gato, reverenciado na religião e sociedade do antigo Egito, de acordo com a cultura da época, também eram preparados para o pós  morte com mumificações e considerados oferendas à Bast. No ano de 1888, um fazendeiro egípcio descobriu nas redondezas da cidade de Benihagan uma tumba com cerca de oitenta mil gatos mumificados (datados entre 1000 - 2000 a.C.).








Texto pesquisado em vários sites da internet.
Para saber mais sobre a tumba de "She Cat" ilustrada acima, clique aqui

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